O telefone da “garde”
Wednesday, December 12th, 2007Sinto-me como o cão do circo que levanta as patinhas ao som da música ou na cara o escorrer da baba como um cão de Pavlov.
Uma a duas vezes por semana lá tenho que fazer aquilo a que uns chamam “bloco”, outros “guardia” e os daqui “garde”. No fundo a palavra correcta é Calvário.
Trata-se de um dia inteiro, ou melhor, 86400 segundos. Segundo a segundo o tempo passa (deixa de estar tão parado).
Durante este período ando com um telefone que toca e traz o inesperado, o imprevisível o “não sei o quê” que espera a minha resposta de solução imediata.
Não é o sofrimento que me motiva o post, mas sim um curioso fenómeno de condicionamento com o toque do telefone.
Depois da primeira “garde” fica-se condenado a um vasoespasmo, uma taquicardia momentânea e angústia súbita cada vez que se ouça o maldito toque do telefone, mesmo quando é o outro que está de “garde”.
Sinto-me como o cão do circo que levanta as patinhas ao som da música ou na cara o escorrer da baba como um cão de Pavlov.
(Estou a pensar fazer um “sampling” do toque e usar como despertador.)
Tags: thinks
December 15th, 2007 at 00:07
Suponho que é nesses dias que davas o mundo para ter ao lado a tua velha máquina de fazer café …
December 16th, 2007 at 23:10
Não há tempo para os rituais, nas “gardes” funciono com café de máquina desconhecida.
December 25th, 2007 at 15:35
Queria desejar-vos um feliz Natal e um excelente ano novo…
Abraço e Beijinho